Brasil cai na final e americana é eleita Miss Universo 2012
Chegou perto, muito perto. A gaúcha Gabriel Markus passou pela prova
preliminar e pelos desfiles de biquini e trajes de gala. No entanto, ao
chegar entre as cinco finalistas, ficou com a quinta colocação. A
norte-americana Olivia Culpo foi eleita a Miss Universo 2012. Com o
título, ela se tornou a oitava mulher de seu país a conquistar o
concurso, cuja disputa começou em 1952. A coroa de brilhantes, símbolo
do posto, foi entregue pela detentora do título de 2011, a angolana
Leila Lopes.
O resultado frustra as expectativas do Brasil de chegar à sua terceira vitória no concurso, o que não ocorre há mais de quatro décadas. As únicas vezes em que o País teve candidatas eleitas Miss Universo foram em 1963 e 1968, soma que o coloca apenas na quarta colocação entre as nações com maior número de títulos no evento, na qual está empatada com outros dez países, entre eles México, Tailândia, Japão e Canadá. No entanto, dentre elas é a nação que há mais tempo não conquista o concurso. EUA, Venezuela, Porto Rico e Suécia lideram a lista com, respectivamente, oito, seis, cinco e três conquistas.
Olivia Culpo em sua primeira entrada no palco:
ela foi a oitava candidata dos EUA a
ganhar o concurso
O resultado frustra as expectativas do Brasil de chegar à sua terceira vitória no concurso, o que não ocorre há mais de quatro décadas. As únicas vezes em que o País teve candidatas eleitas Miss Universo foram em 1963 e 1968, soma que o coloca apenas na quarta colocação entre as nações com maior número de títulos no evento, na qual está empatada com outros dez países, entre eles México, Tailândia, Japão e Canadá. No entanto, dentre elas é a nação que há mais tempo não conquista o concurso. EUA, Venezuela, Porto Rico e Suécia lideram a lista com, respectivamente, oito, seis, cinco e três conquistas.
Olivia Culpo em sua primeira entrada no palco:
ela foi a oitava candidata dos EUA a
ganhar o concurso
Passo a passo
Os anfitriões da noite - o produtor-executivo do canal Bravo Channel,
Andy Cohen, e a apresentadora do E! Entertainment Television Giuliana
Rancic -, entraram no palco do hotel Planet Hollywood, em Las Vegas,
para apresentar uma edição mais temática do Miss Universo. Por ter sido
organizado em dezembro - no ano passado o evento foi em setembro -, o
cenário do consurso de beleza mais famoso do mundo foi adornado com
diversos pinheiros cobertos com luzes e folhas pintadas de branco,
imitando a neve típica do inverno nos EUA, além de telões exibindo
imagens de geleiras e flocos de neve caindo do céu, lembrando o Natal
norte-americano.
Sem muita enrolação, os anfitriões da noite foram logo apresentando ao
público cada uma das 89 candidatas, que entraram em cena com curtos
vestidos padronizados, diferenciados apenas por suas cores - sempre
claras, com tops em tons mais escuros. Postadas lado a lado, as 16
favoritas da equipe de jurados e do público, que pôde fazer a primeira
seleção das misses pela internet, foram anunciadas. A brasileira
Gabriela Markus foi a 12ª a ser chamada - as misses Venezuela, Turquia,
França, Peru, Rússia, México, Polônia, Hungria, África do Sul,
Filipinas, Croácia, Kosovo, Austrália, Índia e EUA completaram o time
das felizardas.
As 16 pré-selecionadas, então, disputaram a prova do biquíni, uma das
mais importantes para a definição da vencedora, segundo a própria
organização do concurso. No entanto, Andy Cohen logo avisou que, desta
vez, as seleções seriam feitas de forma diferente: "a partir de agora,
só os jurados escolhem quem ganha aquela coroa de brilhantes que eu
adoraria usar", disse, brincando com sua opção sexual - o apresentador é
gay assumido desde 2004. O time de especialistas, que contou com a Miss
Universo 2010, Ximena Navarrete, foi composto por dez personalidades
dos EUA.
Para apresentar a penúltima fase do concurso foi convocada a banda
norte-americana Train. Liderado pelo vocalista Pat Monahan, o grupo
californiano executou um de seus hits enquanto as misses surgiam em cena
com seus trajes de gala. O desfile foi marcado por vestidos ousados. A
norte-americana Olivia Culpo, por exemplo, usou um surpreendente decote,
enquanto a russa Elizabeth Golovanova e a venezuelana Irene Sofiá Esser
Quintero optaram por roupas valorizando as pernas, usando saias com
fendas que quase atingiam a virilha. Gabriela Markus foi mais discreta,
com um deslumbrante vestido dourado que destacou seus seios.
Curiosamente, antes do anúncio das finalistas, Laura Gody Calle, a Miss
Guatemala, recebeu um prêmio de consolação, o de Miss Simpatia de 2012.
Venezuela, Filipinas, Austrália, EUA e Brasil foram as escolhidas para a
prova final, as famosas perguntas a cada uma das cinco participantes
restantes do concurso. Posteriormente, a Miss China ganhou o título de
melhor traje típico.
Hora da verdade
"Eu acredito que não é a forma que de nos vestir que mostra o que
somos. Conseguimos mostrar nosso caráter usando tanto um vestido de gala
ou um biquíni. O que importa é que mostramos como somos em nossos
corações". Assim respondeu Gabriela à sempre complicada questão que rege
a última prova do Miss Universo - "o que você diria a alguém que lhe
falasse que biquínis reduzem mulheres a símbolos sexuais". A brasileira
foi a única a responder a pergunta em sua língua pátria, contando com
uma tradutora para auxiliá-la na prova.
Mas foi Janine Tugonon quem conquistou mais a empatia do público na
prova final. Simpática e com um inglês impecável, a filipina de 23 anos
respondeu à questão se a barreira lingística não seria prejudicial para
um possível reinado de um ano como vencedora do concurso. "O Miss
Universo não tem a ver com com falar um idioma e, sim, em influenciar
pessoas", disse. Foi ovacionada.
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